“Se você apresenta dores de garganta, aftas na boca, dor engolir alimentos ou bebidas e excesso da saliva é possível que você esteja com estomatite. Conheça os principais sintomas, tipos da doença, causas e quais são os tratamentos.”
É classificado como estomatite qualquer inflamação da mucosa oral. Os sintomas incluem inchaço e vermelhidão no interior da boca ou feridas dolorosas que podem chegar a dificultar a alimentação. A doença pode ser provocada por infecção, reação alérgica ou alimentos ou substâncias químicas irritantes.
Existem diversos tipos de estomatite: estomatite aftosa, viral, protética, herpética, venenata, e etc. São mais muitos tipos. O tratamento é diferente para cada tipo de estomatite. Por conta disso, é necessário que o paciente seja encaminhado a um cirurgião-dentista ou a um médico para ter um diagnóstico preciso.
A seguir você vai entender quais sintomas observar para procurar ajuda profissional, conhecer os tipos mais comuns de estomatite, as principais causas e como fazer um tratamento eficaz.
A seguir você vai ver os tópicos:
Quais são os tipos mais comuns de estomatite?
Estomatite protética
A estomatite protética é um processo inflamatório que se desenvolve geralmente em pessoas que fazem o uso de próteses totais removíveis, ou seja, dentadura. Podem também apresentar áreas avermelhadas no palato duro, popularmente conhecido como céu da boca.
A doença no geral é assintomática, no entanto pode apresentar queimação, sintomatologia dolorosa, prurido e sabor desagradável na boca. O quadro pode se desenvolver por conta do uso contínuo da prótese ou por infecção por Candida 1,2. Pode ser tratada com uma
higienização melhor da prótese ou em alguns casos com o uso de medicações antifúngicas.
Gengivoestomatite herpética primária
A estomatite herpética é causada pelo vírus do herpes simples (HSV). A lesão é mais comum em crianças com idade variando entre 1 a 5 anos, em adolescentes e jovens adultos. Os principais sintomas são vesículas que rompem e formam pequenas ulcerações, febre, mal-estar, irritabilidade, dor de cabeça e linfadenopatia regional.
Este tipo de gengivoestomatite pode atingir toda a mucosa oral envolvendo os lábios e gengiva. O tratamento pode ser feito através do uso de aciclovir nas formas sistêmica e tópica e com colutórios bucais anestésicos.
Estomatite aftosa recorrente
Os sintomas da estomatite aftosa recorrente são lesões aftosas na mucosa oral. Ela podem se apresentar como simples ou múltiplas possuindo diversas causas de desenvolvimento. Dentre essas causas estão deficiência nutricional, alergia a alimentos, relação com doenças autoimunes, dentre outros fatores.
Pessoas que apresentam dor e alteração das funções orais, tais como deglutir também devem ficar alerta quanto a possibilidade de estar desenvolvendo a doença. Não há um tratamento específico para a cura das lesões. No entanto, é possível trazer certo alívio dos sintomas e cicatrização.
Outros tipos de estomatite
- Estomatite viral ou vírica — causada por infecções originalizadas por agentes virais.
- Estomatite angular — causa irritação e infecção principalmente nos cantos da boca.
- Estomatite nicotínica — causada pelo tabagismo: fumar tabaco, cachimbo ou charuto, as feridas são mais comuns no céu da boca.
- Estomatite vesicular — é mais comum em bois e porcos, mas que também podem afetar os humanos. Os sintomas são semelhantes à gripe.
- Estomatite moriforme — causada por origens fúngicas deixa a regão da mucosa oral inchada e parcialmente puntiforme.
- Estomatite ulcerativa — infecção que causa ulcerações na mucosa oral e, em alguns casos, necrose do tecido gengival.
- Estomatite gangrenosa — geralmente é causada por doenças debilitantes, como malária, por exemplo, e por desnutrição do paciente, e causam diversas feridas e ulcerações nos tecidos mais sensíveis da boca.
Quais são as causas?
Geralmente, o principal vírus responsável pela estomatite é o da herpes simples (HSV-1). No entanto, os vírus da família Coxsackie também podem causar o problema. Ambos entram em ação em momentos de baixa imunidade, como uma gripe, por exemplo. Outras infecções virais, bacterianas e fúngicas também podem ser a causa da estomatite.
A estomatite é mais comum em crianças do que em adultos, assim como durante as estações frias do ano como o outono e o inverno. Isso ocorre porque é durante o frio em que grande parte das pessoas fica resfriada ou gripada.
Por conta disso também, as pessoas costumam circular mais por ambientes fechados e cheios de pessoas, a fim de se aquecer durante o inverno. Este comportamento acaba ajudando na disseminação dessas doenças.
As principais causas e fatores predisponentes da estomatite, são:
- Lesões ou ferimentos na boca;
- Reações alérgicas;
- Infeções víricas;
- Infeções fúngicas (candidíase, por exemplo);
- Infeções bacterianas (estomatite bacteriana);
- Tabagismo;
- Cárie dentária;
- Gengivite;
- Uso de aparelho dentário mal adaptado;
- Prótese dentária ou “dentadura” mal a adaptada;
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- Ingestão de alimentos demasiado quentes;
- Não ter bons hábitos de higiene bucal;
- Tratamentos para o cancro (sessões de quimioterapia e radioterapia);
- Doenças endócrinas e sistémicas que afetam a imunidade, como lúpus, doença de Crohn e SIDA;
- Tomar medicamentos que baixem a imunidade (como corticoides, por exemplo);
- Úlceras orais.
Quais os sintomas?
Os principais sinais e sintomas de estomatite incluem vermelhidão na região da gengiva, assim como pequenas erupções arredondadas, além de bolhas que ao se romper dão origem a úlceras orais.
As úlceras são muito parecidas com as aftas e podem se espalhar por toda a boca. Elas são bastante comuns na gengiva, na língua e no começo da faringe, próximo às amígdalas. Outros sintomas comuns são febre alta, dor na boca, irritabilidade, falta de apetite, dificuldade para comer e dor de cabeça.
A crise dos sintomas geralmente chegam a durar por aproximadamente duas semanas. No entanto, a primeira semana é sempre a mais difícil, pois é quando a boca está mais sensível do que nunca e a pessoa pode sentir dor nas lesões.
Estomatite é contagiosa?
O contágio ou não de estomatite, varia de acordo com o tipos de doença. A estomatite viral é contagiosa por exemplo, é facilmente transmita através de gotículas de saliva (beber água no mesmo copo) ou contato direto (como um beijo na boca), em especial quando estamos diante do vírus da Herpes.
Por outro lado, a estomatite aftosa não é contagiosa, isso significa que a doença não passa de uma pessoa para outra.
Estomatite tem cura?
Uma vez que seja diagnostica e tratada devidamente, sim estomatite tem cura. Abaixo você vai poder entender como é feito o diagnóstico e como tratar estomatite.
Como é feito o diagnóstico e tratamento?
Se apresentar algum dos sintomas que foram mencionados anteriormente a pessoa deve procurar um médico. Durante a consulta, é feito um exame físico, no qual é examinado a boca e feito uma série de perguntas sobre os sintomas e sobre seu histórico clínico. Essas informações costumam ser o suficiente para diagnosticar estomatite.
Porém, é possível que seja solicitado exames laboratoriais adicionais para verificar a existências de algum vírus ou bactéria determinados que possam ter causado a doença. Este tipo de exame pode ainda servir para excluir outras possíveis condições.
Como foi mencionado, o tratamento para estomatite depende muito da causa. No caso de infecções virais, o tratamento pode ser feito com a prescrição de medicamentos antivirais, assim como com uma dieta baseada em líquidos para reduzir a irritação dentro da boca.
Podem ser ainda receitar analgésicos tópicos que devem ser aplicados na boca e ajudam a amenizar a dor. Em caso de infecções bacterianas, podem ser prescritos antibióticos. Após o diagnóstico e indicação do tratamento é preciso que o paciente siga à risca as orientações do seu médico.
Última atualização em 02/07/2020 por Equipe +Odonto
